
Nas conferências espirituais dadas aos seminaristas, Dom Lefebvre insistia sobre a devoção ao Santo Sacrifício da Missa:
É vital contemplar a Santa Missa, ver nela a Jesus na cruz e ver nessa cruz o cume do amor de Deus”.
Nosso Senhor pode ser definido como o amor levado até o próprio sacrifício, até o sacrifício supremo. Nosso Senhor manifestou seu amor a seu Pai e seu amor ao próximo até o sacrifício supremo, até derramar a última gota de seu sangue. Esse sempre foi o tema principal da contemplação da Igreja.”
Isso foi perdido um pouco de vista por causa da atenção posta na devoção à presença real, uma devoção perfeitamente legítima, mas que deixou na penumbra a devoção à missa em si mesma. Creio que, em nosso tempo, devemos voltar a realçar a devoção ao sacrifício de Nosso Senhor, a devoção à missa”.
Essa é justamente a devoção principal da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.
Como consequência, guardar a Missa de Sempre e rejeitar a nova missa instituída pelo Papa Paulo VI foi um dos principais combates do prelado de Ecône. Ele via na nova missa a causa da perda do espírito de sacrifício, que é, contudo, algo próprio do espírito cristão. Compreendemos assim a exortação final do sermão de seu jubileu sacerdotal, em 1979:
Pela glória da Santíssima Trindade, por amor a Nosso Senhor Jesus Cristo, por devoção à Santíssima Virgem Maria, por amor à Igreja, por amor ao Papa, por amor aos bispos, aos sacerdotes e a todos os fiéis, pela salvação do mundo e pela salvação das almas, guardem este testamento de Nosso Senhor Jesus Cristo! Guardem o sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo! Guardem a Missa de Sempre!”